A primeira edição de A Gazeta da Zona Norte circulou no dia 3 de fevereiro de 1963, tendo como diretor responsável e editor chefe o jornalista Ary Silva, seu fundador. A ideia do jornal nasceu através de um grupo de amigos do jornalista Ary Silva, então vereador à Câmara Municipal e líder do prefeito Prestes Maia, tomando por base o fato de que muitas de suas iniciativas em favor da Zona Norte não estavam tendo na imprensa diária a divulgação reclamada pela comunidade e, também, porque com sua larga experiência (iniciara no jornalismo nos Diários Associados, em 1º de maio de 1936), o novo órgão seria um sucesso.
Para o início, a cooperação dada pelos amigos foi total, pois trabalhavam na distribuição, na angariação de anúncios e na busca de notícias, ficando para o editor chefe as grandes reportagens. E foram elas que firmaram o jornal, pois graças à A Gazeta da Zona Norte, pode-se afirmar que teve início a batalha do Metrô, com desapropriações de áreas visando a continuação da Avenida Cruzeiro do Sul (construção de nova ponte sobre o Rio Tietê, primeira obra de engenharia para o Metrô) e seu alargamento, além da retirada do Trem da Cantareira.
Simultaneamente, acelerou os contatos entre Aeronáutica e Prefeitura para a abertura da Radial Norte (atual Avenida Santos Dumont). Impulsionou o início dos trabalhos para construção da Ponte da Vila Guilherme, abertura da Avenida do Contorno (atual Avenida Braz Leme) e construção dos acessos às pontes de Vila Maria, Limão, Casa Verde e Bandeiras. Encampou a luta pela criação das Marginais do Tietê, e dos Centros Educacionais e Recreativos "Thomaz Mazzoni" na Vila Maria e "Alfredo Ignácio Trindade" no Jardim São Paulo.
Ainda graças a mobilização despertada pela A Gazeta da Zona Norte foram viabilizadas a construção do Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, Maternidade de Vila Nova Cachoeirinha e, ainda, a Avenida do Fundo de Vale do Mandaqui (atual Avenida Eng. Caetano Álvares, que liga a marginal direita do Tietê à Rua Voluntários da Pátria), o alargamento da Avenida Nova Cantareira, da Avenida Imirim, abertura da Avenida Luís Dumont Villares e da Avenida Joaquina Ramalho; além da canalização do Canal da Divisa e construção do monumento em homenagem a Santos Dumont na Praça Campo de Bagatelle. Em homenagem à A Gazeta da Zona Norte, em 1988, a passarela localizada na Avenida Tiradentes, em frente à Praça Campo de Bagatelle recebeu o nome de “Passarela Gazeta da Zona Norte”. Em 2010, foi sancionada a Lei nº 15.131 que determinou a atual denominação da Ponte Cruzeiro do Sul-Jornalista Ary Silva em homenagem ao fundador de AGZN. Esta é uma síntese de um jornal que já entrou na sexta década de existência, mantendo-se fiel ao seu slogan "Um Semanário do Povo para o Povo", principalmente de nossa região, como sempre desejou seu fundador.
Com o seu falecimento, em 6 de abril de 2001, a A Gazeta da Zona Norte passou a ter como diretor responsável Osmar Fazzio e como jornalista responsável Camila Alvarenga (MTB - 27.335), no compromisso de manter sua linha editorial com independência político-partidária e voltada para os interesses da região.
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