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Na última quarta-feira (27), as medidas anunciadas por Haddad em um pronunciamento em rede nacional, preveem um corte de gastos de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026. Entre as ações, estão uma limitação para o crescimento do salário mínimo, restrição para o abono salarial e uma alíquota de 10% de imposto para pessoas que ganham mais de R$ 600 mil por ano. Além do pacote de corte, o governo também propôs isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824. O anúncio, no entanto, teve sabor agridoce para o mercado financeiro. Isso porque apesar de ter cumprido com a economia esperada, a isenção do IR ainda pode ter um alto custo para o governo.
O dólar atingiu a marca histórica de R$ 6 na última quinta-feira (28), após a apresentação detalhada do pacote de cortes de gastos e mudanças no Imposto de Renda. A coletiva de imprensa contou com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Rui Costa (Casa Civil), que explicaram as medidas divulgadas na véspera. A ocorrência do mercado financeiro foi de preocupação com os possíveis impactos fiscais da ampliação da faixa de isenção do IR, o que contribuiu para a desvalorização do real frente ao dólar.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal por suspeita de tramar um golpe de Estado, disse se considerar “vítima de uma perseguição” sobre o caso, e não descarta se refugiar em uma embaixada caso tenha sua prisão decretada. A declaração foi dada em entrevista ao portal Uol. O ex-presidente e outras 36 pessoas foram indiciadas na semana passada, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para a Procuradoria-Geral da República na última terça-feira (26). Questionado se temia ser preso ao fim da investigação, Bolsonaro disse que já ter passado por três operações de buscas e apreensão, as quais considerou absurdas, e que vivia em um “mundo de arbitrariedades”. Ao ser questionado se cogitava exílio, declarou: “Embaixada, pelo que eu vejo a história do mundo, né quem se vê perseguido pode ir pra lá. Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado”, respondeu.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe o aborto em todas as situações, incluindo o que for permitido por lei, como em casos de estupro, risco à vida da mulher ou anencefalia do feto. A proposta, apresentada pelo ex-deputado Eduardo Cunha em 2012, inclui na Constituição a expressão “desde a concepção”, o que, na visão dos defensores, inviabilizaria qualquer tipo de interrupção da gravidez. O parecer do relator, deputado Chris Tonietto (PL-RJ), foi favorável à admissibilidade da PEC. A votação, que havia sido adiada na semana anterior, foi concluída na quarta-feira (27) com 35 votos declarados a favor e 15 contrários. O texto segue para discussão no Congresso, gerando intenso debate sobre os direitos reprodutivos no Brasil. |
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